Slow Travel: a tendência de viagem que permite desconectar do ritmo acelerado da vida moderna (com sugestões de destinos)

Conhecer cidades, vilas ou aldeias de forma tranquila, sem a necessidade de conduzir um carro durante horas ou de entrar na típica confusão de um aeroporto. É isso que promete o Slow Travel, uma forma de turismo não convencional, que permite desconectar do ritmo acelerado da vida moderna e mergulhar no ambiente e na cultura local do destino visitado.

Slow Travel é ter o interesse de conhecer, calmamente, os detalhes que tornam cada destino único, é descobrir a gastronomia, a natureza, a história e as tradições locais, é ter a oportunidade de viver uma experiência imersiva, sustentável e autêntica, é priorizar a qualidade da viagem em vez do número de atrativos visitados. Slow Travel é planear percursos de comboio, autocarro ou barco, de forma a aproveitar as diferentes paisagens, é utilizar as redes de transporte locais e guiar-se por mapas, para descobrir e explorar os mais recônditos recantos de cada destino. Mais do que ver o destino, Slow Travel é viver o destino.

Quais são os melhores destinos para uma Slow Travel?

As opções são muitas, afinal todos os destinos podem ser experienciados de forma lenta e imersiva se assim o entendermos. No entanto, há alguns que se destacam. Destinos como a Tailândia, o Peru e o Japão, por exemplo, são excelentes escolhas para conhecer e explorar com calma e propósito, tornando o visitante parte integrante dos mesmos e “obrigando-o” a perder-se na diversidade cultural e paisagística que oferecem.

Sendo assim, sugerimos 10 destinos para uma viagem de Slow Travel:

Amazónia, Brasil

Com uma vasta extensão de floresta tropical, rios e vida selvagem, a Amazónia é o destino ideal para quem procura desconectar do ritmo acelerado do quotidiano. Explorar esta região, em Slow Travel, é aprender a valorizar a sustentabilidade e biodiversidade do território, é valorizar as culturas indígenas e embeber da sua sabedoria ancestral, é usufruir de uma oportunidade única de conexão espiritual e emocional com a Terra.

Machu Picchu, Peru

Machu Picchu, símbolo do Império Inca, é um testemunho exemplar da conexão profunda com a natureza. Aqui, os visitantes são transportados para um passado distante, onde podem apreciar a arquitetura meticulosamente construída, os terraços agrícolas em harmonia com o ambiente e as vistas panorâmicas com toda a sua aura mística.

Chiang Mai, Tailândia

Chiang Mai transmite um ritmo de vida mais lento em comparação com as restantes metrópoles tailandesas, o que permite, por si só, desfrutar de um ambiente mais tranquilo. Esta cidade assume-se como um centro cultural, com templos históricos, como o Wat Phra That Doi Suthep e o Wat Chedi Luang, que exibem a magnificência da arquitetura tailandesa e o esplendor da arte religiosa. Aqui, os visitantes têm ainda a possibilidade de visitar o santuário e centro de resgate de elefantes e aprender sobre esta espécie.

Hue, Vietname

Hue possibilita aos visitantes absorver a atmosfera única de uma cidade imperial, seja através da conexão com a história e cultura locais, pela visita aos palácios, templos e muralhas, seja através da tranquilidade oferecida pelo Rio Perfume (Huong River) e pelas paisagens circundantes. Esta cidade é também conhecida pelas suas tradições culturais e artísticas, nomeadamente a música real vietnamita e as danças tradicionais, e pela sua culinária autêntica e com sabores distintos.

Kyoto, Japão

Considerado o epicentro da cultura tradicional nipónica, Kyoto é um destino repleto de templos, santuários, castelos, jardins históricos e bairros preservados, como Gion e Higashiyama, que são conhecidos pelas suas ruas estreitas, casas de chá, casas de madeira tradicionais (machiya) e edifícios históricos. Ao explorar esta cidade, os visitantes podem realmente absorver a essência única do Japão, usufruindo de uma viagem no tempo, através da sua arquitetura e tradições. Explorar os restaurantes locais e provar a comida tradicional é também uma parte essencial da experiência de Slow Travel em Kyoto.

Kunene, Namíbia

Desde contemplar as vastas paisagens desertas, a disfrutar do pôr-do-sol no Parque Nacional de Etosha ou a ver elefantes, leões e rinocerontes no seu habitat natural, a Namíbia é um país de paisagens deslumbrantes e de forte herança cultural. Este é também conhecido pela sua abordagem de conservação ambiental, possuindo várias áreas de preservação, onde os visitantes podem participar em atividades de voluntariado, orientadas para a conservação e monotorização de espécies ameaçadas neste país. Nos arredores de Etosha, é possível encontrar comunidades Himba, um povo indígena da Namíbia. Interagir com estas comunidades e aprender sobre suas as tradições proporciona uma experiência cultural autêntica e enriquecedora.

Canmore, Canadá

Localizado nas Montanhas Rochosas do Canadá, Canmore é o destino ideal para quem aprecia atividades ao ar-livre, em especial trilhos e caminhadas, passeios de bicicleta e observação da vida selvagem. Esta cidade, de deslumbrante beleza natural, oferece vistas espetaculares sobre lagos cristalinos e florestas exuberantes, permitindo ainda uma experiência relaxante nas fontes termais de Banff Upper Hot Springs. Canmore é também uma vila pitoresca com uma atmosfera acolhedora, pelo que as ruas, os cafés e as galerias de arte criam um ambiente tranquilo, convidando os visitantes a desacelerar e a apreciar o estilo de vida local.

Isle of Skye, Escócia

Esta é uma ilha de falésias escarpadas, lagos serenos e paisagens costeiras pitorescas. Aqui, os visitantes encontram uma imponente herança cultural, repleta de castelos, ruínas antigas e locais históricos, como o Castelo de Dunvegan e o Monumento de Flora MacDonald. No entanto, são as famosas piscinas naturais Fairy Pools que vão possibilitar uma imersão completa na natureza. Com menos agitação urbana, os visitantes desfrutam neste destino de momentos de serenidade únicos.

Transilvânia, Roménia

Conhecida pela sua paisagem montanhosa e castelos misteriosos, a Transilvânia oferece inúmeras oportunidades para caminhadas, passeios de bicicleta e experiências ao ar-livre, permitindo que os visitantes explorem a natureza de forma tranquila e contemplativa. A Roménia é também pontilhada por aldeias tradicionais, onde as tradições culturais e arquitetónicas foram preservadas ao longo dos séculos, por vinhedos que possibilitam explorar a cultura vinícola local e por festivais folclóricos, música tradicional e outros eventos, cuja participação permite uma visão mais profunda da identidade cultural deste país.

Açores, Portugal

Este arquipélago vulcânico no Oceano Atlântico é um paraíso para os amantes da natureza. Cada ilha oferece uma variedade de ambientes naturais, desde campos verdes exuberantes até falésias dramáticas e praias isoladas. No entanto, os Açores são, de um modo geral, conhecidos pelas suas paisagens vulcânicas, lagoas, crateras e formações rochosas impressionantes. Trilhos, passeios de barco, mergulho, observação de aves e passeios a cavalo são algumas das atividades ao dispor dos visitantes para explorar a natureza de forma tranquila e respeitadora. Os Açores revelam ainda um forte compromisso com a sustentabilidade e a preservação ambiental, algo que assume especial relevância ao nível do Slow Travel.

Desde explorar aldeias encantadoras a caminhar por paisagens e planícies verdejantes, estas sugestões surgem como um convite para desacelerar, apreciar cada momento e explorar estes destinos de uma forma mais imersiva, autêntica e enriquecedora. Assim, na vossa próxima viagem permitam-se a desfrutar de cada passo, a absorver todos os detalhes e a abraçar a sensação de usufruir de uma experiência mais tranquila. Afinal, no que respeita ao Slow Travel, a jornada é tão ou mais importante quanto o destino.

Conheça outras tendências de viagens e turismo no nosso artigo Turismo em 2024: 15 tendências que vão marcar o setor no próximo ano”.

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